Sobre Mim 

Quando era criança, minha mãe era fotógrafa.

Lembro-me de haver um quarto em minha casa, onde ela recebia pessoas para fotografar. O que mais me fascinava era vê-la com um estojo de tintas em bisnaguinhas, sobre a mesa, e um cotonete, colorindo suavemente as fotografias em preto e branco que ela mesmo revelava em um quarto escuro com um cheiro muito forte. O efeito era lindo! Suave e natural! Temos até hoje algumas dessas fotos e estão ainda maravilhosas!

Não sei se ela me influenciou, o certo é que , durante um enorme caminho profissional dedicado às artes plásticas, à música e à dança, sempre reservei um lugarzinho especial para a fotografia, antes amadora e familiar, agora profissional.

Minha experiência no campo das artes me ajuda a aprofundar o meu olhar, tentando ver nas coisas mais simples, a arte e o encanto que se encontra oculta nelas.

Como diz "meu" poeta Rubem Alves: “A experiência poética não é ver as coisas grandiosas que ninguém vê. É ver o absolutamente banal que está diante do nariz, sob uma luz diferente". Quando isso acontece, cada objeto cotidiano, cada pessoa, cada paisagem, se torna entrada de um “mundo encantado".

Surpreendo-me, sempre que transfiro as minhas fotos da câmera para o computador, pois vejo nelas mais do que fotografei, algo além do que estava lá: uma alma que se imprime nelas e que me faz sentir emoção.

Sou movida à “encantamento" e o encontro sempre nas gestantes, nos bebês, nas crianças, nas mulheres e nas famílias. Essas são as minha opção na fotografia.

"Fotografar é colocar na mesma mira a cabeça, o olho e o coração" (Henri Cartier Bresson) Escolhi fotografar com o coração!